segunda-feira, 8 de outubro de 2007

When life hands you a lemon, make a lemonade


O tipo de pessoas que mais admiro são as pessoas lutadoras, que batalham por aquilo que querem, porque não é isso mesmo que a vida? Um campo de batalha para onde levamos as nossas armas, definimos objectivos e lutamos por aquilo que queremos. Estamos realmente aqui só para fazer peso à terra, ou para vivermos em vida em pleno temos que também fazer por isso? Parei de acreditar somente em destino quando me apercebi que se não tomasse “mão na vida” ela me ia passar ao lado, e que estava a perder o melhor que a vida tem, o facto de podermos fazer alguma coisa com ela, vivê-la, falhando, sofrendo, acertando, sendo feliz.

Temos medo da vida, criamos defesas ou barreiras quando temos que lutar pela felicidade com medo que com ela venha depois a tristeza, temos medo do futuro, de tomar decisões, de sermos responsáveis por aquilo que fazemos, temos medo que nos culpem ou de nós próprios nos culparmos. Um dia li a seguinte frase: “Coragem não é achar que o medo não existe, é simplesmente considerar que existem coisas mais importantes”, não me poderia fazer mais sentido, não deixar que o medo de falhar, de errar, de tomar a decisão errada domine a nossa vida.

Com tudo isso perdemos o nosso espírito de lutadores, de querermos mais e melhor, contentamo-nos com o temos, tornamo-nos vitimas, passamos a ter pena de nós próprios, porque é que o destino não foi mais simpático para conosco? Não temos sorte, é a vida! Odeio esse discurso, aliás não gosto nada de mim quando me oiço a dizer essas coisas, parece que só sabemos ver o mau da vida, que não sabemos apreciar o bom que temos. Se só olharmos para o mau, claro que tudo nos irá parecer muito cinzento.

Acredito que a melhor forma de viver a vida é a forma destemida, nem sempre o fiz, realmente em algumas alturas levantamos barreiras de protecção, mas também descobri que quando tenho “mão” na minha vida, tomo as minhas decisões, acarreto com as minhas responsabilidades, aceito as minhas falhas, e as minhas decisões batem certo sabe mesmo bem. Há realmente alturas em que olho para a minha vida e para mim e tenho orgulho no que vejo, e isso é o melhor que a vida tem.

Parei de entender a ansiedade de falhar, o medo de viver, aliás sei o que é, mas simplesmente me parece muito menos importante do que viver, do que acertar, do que dar e receber, a vida é mesmo assim. “With great power comes great responsibility”, eu quero esse poder, por isso tenho que estar pronta para enfrentar as responsabilidades.

Sempre admirei aquelas pessoas que conseguem ver a vida pelo lado positivo, que mesmo quando a vida lhes dá um limão fazem uma limonada (“When life hands you a lemon, make a lemonade”). Ficar sentado à espera que as coisas aconteçam, que a felicidade apareça, que alguém cumpra o nosso papel, acarrete com as nossas responsabilidades, que a vida se componha não faz sentido.

Pensamentos pessimistas é que nos fazem andar para trás na vida ou pelo menos estagnar, frases como “não sei fazer melhor”, “não consigo fazer diferente”, “é mesmo assim, não há nada a fazer” desmotivam-me, são as frases mais fáceis de dizer e o pensamento mais fácil de ter, aliás a vida passa a dar muito pouco trabalho, mas também começa a fazer muito menos sentido, voltamos à questão se queremos aqui estar somente para fazer peso à terra.

Mesmo que o pensamento positivo e optimista não preencha todos os dias da nossa vida, devia preencher a maior parte deles. Frases como “Para a frente é que é o caminho”, que sempre me disse o meu pai, “Não durmas à sombra da bananeira”, que disse uma vez o meu futuro tio, e a famosa “Chumba! Repete” da minha terceira avó preenchem a minha vida a cada dia. Tento nunca me esquecer disso, para não perder o comboio da vida, vive-la em pleno, sem medo, ou pelo menos a não lhe dar importância.




(texto de Joana "http://algunsanosdepois.blogspot.com/")

3 comentários:

Anónimo disse...

Concordo com, é um belo texto. E temos todos algo a aprender, porque fazer limonadas das coisas azedas que a vida nos traz é qualquer coisa que se está sempre a aprender! Força, noviço, devagar devagarinho tu chegas ao abade também!

brother_cub disse...

lolololol... não queres dar um empurrão...?

Anónimo disse...

Oooooh... e eu a pensar que não fazia outra coisa!

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